26.º Domingo do Tempo Comum – Ano B – 2009
Números 11,25-29 – Salmo 18 – Tiago 5,1-6 – Marcos 9,37-42.44.46-47
A oração antes das leituras pede a graça a Deus. A graça também são os dons do Espírito Santo e entre estes o dom da profecia, ou seja, falar em nome de Deus.
A tendência ao poder que se seguiu ao pecado original levou a achar que só alguns poderiam falar em nome de Deus. É o que está expresso nas preocupações de Josué na Primeira Leitura e nas preocupações dos discípulos no Evangelho. Na Primeira Leitura, Moisés profetiza sobre o povo cristão no qual todos são chamados a ser profetas. Ainda mais no momento atual em que somos chamados a realizar a Missão Continental. Devemos professar nossa fé sem respeitos humanos e sem a menor timidez. No Evangelho Jesus, que havia dito a Nicodemos que o Espírito sopra onde quer (cf. Jo 3,8), não rejeita uma pessoa que profetiza em seu nome, mas não pertence ao grupo dos Doze discípulos. “Quem não é contra nós é por nós” (Mc 9,40).
Após esse ensinamento Jesus ensina sua presença não só nesse “pregador”, mas também em qualquer necessitado, ou pequenino. No mundo atual muitos escandalizam os pequenos ensinando-lhes o pecado, as drogas, o sexo antes da idade, o turismo sexual e outras aberrações como a violência. Contra todos se insurge o Senhor, afirmando que seria melhor serem afundados no mar com uma pedra de moinho no pescoço (cf. Mc 9,42). E nos previne para, com energia retirarmos de nossa vida qualquer realidade que nos arraste ao pecado.
A Segunda Leitura, da Carta de São Tiago tem um tema diferente. E trata de como todas as coisas que não usarmos para a caridade para promover o próximo voltarão contra nós. A nossa segurança deve estar somente em Deus, como Adão e Eva no Paraíso, e não nas coisas, nos afetos, fama ou prazeres humanos. Todas essas coisas voltarão contra nós. Todos os dons de Deus devem ser usados para fazer bem ao próximo, ao nosso irmão. Aquilo que for recebido de graça e não for dado de graça voltará contra nós no juízo divino. Tornaremos estéreis os dons de Deus? É o que aconteceu com o rico epulão, da parábola contada por Jesus.
“Havia um homem rico que se vestia de púrpura e linho finíssimo, e que todos os dias se banqueteava e se regalava. Havia também um mendigo, por nome Lázaro, todo coberto de chagas, que estava deitado à porta do rico. Ele avidamente desejava matar a fome com as migalhas que caíam da mesa do rico... Até os cães iam lamber-lhe as chagas. Ora, aconteceu morrer o mendigo e ser levado pelos anjos ao seio de Abraão. Morreu também o rico e foi sepultado. E estando ele nos tormentos do inferno, levantou os olhos e viu, ao longe, Abraão e Lázaro no seu seio. Gritou, então: - Pai Abraão, compadece-te de mim e manda Lázaro que molhe em água a ponta de seu dedo, a fim de me refrescar a língua, pois sou cruelmente atormentado nestas chamas. Abraão, porém, replicou: - Filho, lembra-te de que recebeste teus bens em vida, mas Lázaro, males; por isso ele agora aqui é consolado, mas tu estás em tormento. Além de tudo, há entre nós e vós um grande abismo, de maneira que, os que querem passar daqui para vós, não o podem, nem os de lá passar para cá. O rico disse: - Rogo-te então, pai, que mandes Lázaro à casa de meu pai, pois tenho cinco irmãos, para lhes testemunhar, que não aconteça virem também eles parar neste lugar de tormentos. Abraão respondeu: - Eles lá têm Moisés e os profetas; ouçam-nos! O rico replicou: - Não, pai Abraão; mas se for a eles algum dos mortos, arrepender-se-ão. Abraão respondeu-lhe: - Se não ouvirem a Moisés e aos profetas, tampouco se deixarão convencer, ainda que ressuscite algum dos mortos” (Lucas 16,19-31). Nesta parábola, as festas que o rico dava não lhe renderam pois não eram uma renúncia a si mesmo para fazer bem a outrem, mas era um deleite pessoal. O pobre, que não tinha em que confiar, pois não tinha coisas nem amigos encontrou seu apoio em Deus, que socorre os deserdados. Não substituamos jamais Deus, que é a nossa segurança, nem por coisas nem por pessoas. As criaturas não nos podem dar vida eterna, mas somente Deus, que nos deu essa vida mortal nos dará, se nos apoiarmos somente n’Ele, a vida divina e sem fim.
Números 11,25-29 – Salmo 18 – Tiago 5,1-6 – Marcos 9,37-42.44.46-47
A oração antes das leituras pede a graça a Deus. A graça também são os dons do Espírito Santo e entre estes o dom da profecia, ou seja, falar em nome de Deus.
A tendência ao poder que se seguiu ao pecado original levou a achar que só alguns poderiam falar em nome de Deus. É o que está expresso nas preocupações de Josué na Primeira Leitura e nas preocupações dos discípulos no Evangelho. Na Primeira Leitura, Moisés profetiza sobre o povo cristão no qual todos são chamados a ser profetas. Ainda mais no momento atual em que somos chamados a realizar a Missão Continental. Devemos professar nossa fé sem respeitos humanos e sem a menor timidez. No Evangelho Jesus, que havia dito a Nicodemos que o Espírito sopra onde quer (cf. Jo 3,8), não rejeita uma pessoa que profetiza em seu nome, mas não pertence ao grupo dos Doze discípulos. “Quem não é contra nós é por nós” (Mc 9,40).
Após esse ensinamento Jesus ensina sua presença não só nesse “pregador”, mas também em qualquer necessitado, ou pequenino. No mundo atual muitos escandalizam os pequenos ensinando-lhes o pecado, as drogas, o sexo antes da idade, o turismo sexual e outras aberrações como a violência. Contra todos se insurge o Senhor, afirmando que seria melhor serem afundados no mar com uma pedra de moinho no pescoço (cf. Mc 9,42). E nos previne para, com energia retirarmos de nossa vida qualquer realidade que nos arraste ao pecado.
A Segunda Leitura, da Carta de São Tiago tem um tema diferente. E trata de como todas as coisas que não usarmos para a caridade para promover o próximo voltarão contra nós. A nossa segurança deve estar somente em Deus, como Adão e Eva no Paraíso, e não nas coisas, nos afetos, fama ou prazeres humanos. Todas essas coisas voltarão contra nós. Todos os dons de Deus devem ser usados para fazer bem ao próximo, ao nosso irmão. Aquilo que for recebido de graça e não for dado de graça voltará contra nós no juízo divino. Tornaremos estéreis os dons de Deus? É o que aconteceu com o rico epulão, da parábola contada por Jesus.
“Havia um homem rico que se vestia de púrpura e linho finíssimo, e que todos os dias se banqueteava e se regalava. Havia também um mendigo, por nome Lázaro, todo coberto de chagas, que estava deitado à porta do rico. Ele avidamente desejava matar a fome com as migalhas que caíam da mesa do rico... Até os cães iam lamber-lhe as chagas. Ora, aconteceu morrer o mendigo e ser levado pelos anjos ao seio de Abraão. Morreu também o rico e foi sepultado. E estando ele nos tormentos do inferno, levantou os olhos e viu, ao longe, Abraão e Lázaro no seu seio. Gritou, então: - Pai Abraão, compadece-te de mim e manda Lázaro que molhe em água a ponta de seu dedo, a fim de me refrescar a língua, pois sou cruelmente atormentado nestas chamas. Abraão, porém, replicou: - Filho, lembra-te de que recebeste teus bens em vida, mas Lázaro, males; por isso ele agora aqui é consolado, mas tu estás em tormento. Além de tudo, há entre nós e vós um grande abismo, de maneira que, os que querem passar daqui para vós, não o podem, nem os de lá passar para cá. O rico disse: - Rogo-te então, pai, que mandes Lázaro à casa de meu pai, pois tenho cinco irmãos, para lhes testemunhar, que não aconteça virem também eles parar neste lugar de tormentos. Abraão respondeu: - Eles lá têm Moisés e os profetas; ouçam-nos! O rico replicou: - Não, pai Abraão; mas se for a eles algum dos mortos, arrepender-se-ão. Abraão respondeu-lhe: - Se não ouvirem a Moisés e aos profetas, tampouco se deixarão convencer, ainda que ressuscite algum dos mortos” (Lucas 16,19-31). Nesta parábola, as festas que o rico dava não lhe renderam pois não eram uma renúncia a si mesmo para fazer bem a outrem, mas era um deleite pessoal. O pobre, que não tinha em que confiar, pois não tinha coisas nem amigos encontrou seu apoio em Deus, que socorre os deserdados. Não substituamos jamais Deus, que é a nossa segurança, nem por coisas nem por pessoas. As criaturas não nos podem dar vida eterna, mas somente Deus, que nos deu essa vida mortal nos dará, se nos apoiarmos somente n’Ele, a vida divina e sem fim.
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