25.º Domingo do Tempo Comum – Ano B – 2009
Sabedoria 2,12.17-20 – Salmo 53 – Tiago 3,16-4,3 – Marcos 9,30-37
“De onde vem as guerras? De onde vêm as brigas entre vós? Não vêm, justamente, das paixões que estão em conflito dentro de vós?” (Tiago 4,1). Os conflitos que aparecem nas relações entre as pessoas começam no interior das pessoas, onde surgem as paixões e os desejos orgulhosos. Jesus já tinha ensinado: “Ora, o que sai do homem, isso é que mancha o homem. Porque é do interior do coração dos homens que procedem os maus pensamentos: devassidões, roubos, assassinatos, adultérios, cobiças, perversidades, fraudes, desonestidade, inveja, difamação, orgulho e insensatez. Todos estes vícios procedem de dentro e tornam impuro o homem” (Marcos 7,20-23). O que rebaixa a natureza humana, para Jesus Cristo, não é como no judaísmo, as coisas exteriores, carne-de-porco, tocar em cadáveres, trabalhos no sábado etc., mas as coisas interiores que procedem de dentro da pessoa. O que aparece na história é apenas o reflexo das almas manchadas dos homens ambiciosos. Este é o tema principal da liturgia de hoje.
As pessoas boas, na sua virtude, provocam o ódio dos maus, como aconteceu a Nosso Senhor Jesus Cristo. A Leitura do Livro da Sabedoria, hoje, é a previsão do ódio dos inimigos de Jesus. Eles O mataram sobre a Cruz. Mas Deus veio em seu auxílio, não durante a Paixão, mas dando algo muito maior do que se o Pai Celestial O livrasse de Sua Paixão. Deu-lhe a vida divina, divinizando Sua natureza humana e dando-lhe toda a glória, o poder na terra e nos Céus (cf. Mt 28,18).
No Evangelho Jesus Cristo está falando de Sua Paixão e Morte. Surdos às suas palavras, seus discípulos ficam discutindo sobre quem deles é o maior. Como a grandeza da pessoa humana não está na concorrência com seus semelhantes, mas em ser plenamente dependente de Deus Jesus lhes diz: “Se alguém quiser ser o primeiro, que seja o último de todos e aquele que serve a todos” (Marcos 9,35). E lhes apresenta uma criança, que sabe ser dependente de seus pais e aceita tranquilamente essa dependência, como o modelo dos que entram na glória de Deus! No caso, o desejo de ser maior do que os outros e cobiçar é que causa as tensões entre as pessoas humanas e assassinatos, como o despeito de Caim em relação a seu irmão Abel (cf. Gn 4). Por isso devemos recordar o Evangelho do domingo anterior em que Jesus diz: “Em seguida, convocando a multidão juntamente com os seus discípulos, disse-lhes: “Se alguém me quer seguir, renuncie-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me. Porque o que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas o que perder a sua vida por amor de mim e do Evangelho, salvá-la-á. Pois que aproveitará ao homem ganhar o mundo inteiro, se vier a perder a sua vida?” (Marcos 8,34-36). Se as pessoas não renunciarem a si mesmas, cheias de orgulho, caminharão para a destruição mútua, para os conflitos de interesses.
O Evangelho quer que sejamos apenas criaturas de Deus, sem nenhuma idolatria, nem de nós mesmos com nossas manias de grandeza. O que ganharemos se ganharmos o mundo inteiro e não conseguirmos que o nosso espírito domine o nosso corpo? O que levaremos desse mundo, de todas as vitórias que alcançarmos, se a morte nos colhe? Não tenhamos pois nenhuma inveja das pessoas mais bem sucedidas do que nós. A verdadeira vitória não são os sucessos que alguém tenha na vida, mas a salvação eterna, que se consegue servindo aos outros. O serviço aos outros nos faz semelhantes a Deus pois nos faz ser “fontes de graças” para nossos irmãos. A graça que vem de Deus passa por nós e beneficia os nossos irmãos. Somos assim canais da graça de Deus, algo como a mão de Deus para os outros, e isso nos dá a comunhão divina, fonte de vida eterna. A vida eterna é a vida divina compartilhada por nós na comunhão com o Filho de Deus por meio do Espírito Santo, que une duas ou mais pessoas numa unidade de amor, como Ele é a Unidade do Pai e do Filho de Deus.
Sabedoria 2,12.17-20 – Salmo 53 – Tiago 3,16-4,3 – Marcos 9,30-37
“De onde vem as guerras? De onde vêm as brigas entre vós? Não vêm, justamente, das paixões que estão em conflito dentro de vós?” (Tiago 4,1). Os conflitos que aparecem nas relações entre as pessoas começam no interior das pessoas, onde surgem as paixões e os desejos orgulhosos. Jesus já tinha ensinado: “Ora, o que sai do homem, isso é que mancha o homem. Porque é do interior do coração dos homens que procedem os maus pensamentos: devassidões, roubos, assassinatos, adultérios, cobiças, perversidades, fraudes, desonestidade, inveja, difamação, orgulho e insensatez. Todos estes vícios procedem de dentro e tornam impuro o homem” (Marcos 7,20-23). O que rebaixa a natureza humana, para Jesus Cristo, não é como no judaísmo, as coisas exteriores, carne-de-porco, tocar em cadáveres, trabalhos no sábado etc., mas as coisas interiores que procedem de dentro da pessoa. O que aparece na história é apenas o reflexo das almas manchadas dos homens ambiciosos. Este é o tema principal da liturgia de hoje.
As pessoas boas, na sua virtude, provocam o ódio dos maus, como aconteceu a Nosso Senhor Jesus Cristo. A Leitura do Livro da Sabedoria, hoje, é a previsão do ódio dos inimigos de Jesus. Eles O mataram sobre a Cruz. Mas Deus veio em seu auxílio, não durante a Paixão, mas dando algo muito maior do que se o Pai Celestial O livrasse de Sua Paixão. Deu-lhe a vida divina, divinizando Sua natureza humana e dando-lhe toda a glória, o poder na terra e nos Céus (cf. Mt 28,18).
No Evangelho Jesus Cristo está falando de Sua Paixão e Morte. Surdos às suas palavras, seus discípulos ficam discutindo sobre quem deles é o maior. Como a grandeza da pessoa humana não está na concorrência com seus semelhantes, mas em ser plenamente dependente de Deus Jesus lhes diz: “Se alguém quiser ser o primeiro, que seja o último de todos e aquele que serve a todos” (Marcos 9,35). E lhes apresenta uma criança, que sabe ser dependente de seus pais e aceita tranquilamente essa dependência, como o modelo dos que entram na glória de Deus! No caso, o desejo de ser maior do que os outros e cobiçar é que causa as tensões entre as pessoas humanas e assassinatos, como o despeito de Caim em relação a seu irmão Abel (cf. Gn 4). Por isso devemos recordar o Evangelho do domingo anterior em que Jesus diz: “Em seguida, convocando a multidão juntamente com os seus discípulos, disse-lhes: “Se alguém me quer seguir, renuncie-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me. Porque o que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas o que perder a sua vida por amor de mim e do Evangelho, salvá-la-á. Pois que aproveitará ao homem ganhar o mundo inteiro, se vier a perder a sua vida?” (Marcos 8,34-36). Se as pessoas não renunciarem a si mesmas, cheias de orgulho, caminharão para a destruição mútua, para os conflitos de interesses.
O Evangelho quer que sejamos apenas criaturas de Deus, sem nenhuma idolatria, nem de nós mesmos com nossas manias de grandeza. O que ganharemos se ganharmos o mundo inteiro e não conseguirmos que o nosso espírito domine o nosso corpo? O que levaremos desse mundo, de todas as vitórias que alcançarmos, se a morte nos colhe? Não tenhamos pois nenhuma inveja das pessoas mais bem sucedidas do que nós. A verdadeira vitória não são os sucessos que alguém tenha na vida, mas a salvação eterna, que se consegue servindo aos outros. O serviço aos outros nos faz semelhantes a Deus pois nos faz ser “fontes de graças” para nossos irmãos. A graça que vem de Deus passa por nós e beneficia os nossos irmãos. Somos assim canais da graça de Deus, algo como a mão de Deus para os outros, e isso nos dá a comunhão divina, fonte de vida eterna. A vida eterna é a vida divina compartilhada por nós na comunhão com o Filho de Deus por meio do Espírito Santo, que une duas ou mais pessoas numa unidade de amor, como Ele é a Unidade do Pai e do Filho de Deus.
"A nossa vida é comunidade,
ResponderExcluirPra o nosso irmão toda felicidade!!!"