Sexto Domingo do Tempo Comum
Jeremias 17,5-8 – Salmo 1 – 1Coríntios 15,12.16-20 – Lucas 6,17.20-26
A Oração antes das Leituras já dá uma pista de interpretação das leituras: “Ó Deus, nosso Pai, que prometestes permanecer nos corações sinceros e retos, daí-nos, por vossa graça, viver de tal modo que possais habitar em nós”.
A Leitura de Jeremias precisa ser matizada. Não há sociedade sem confiança mútua entre as pessoas. O que Jeremias quer é dizer que a confiança total da nossa vida não pode repousar em pessoa nenhuma, mas só
A Leitura da Primeira Carta aos Coríntios quer rejeitar os que não acreditam na ressurreição da pessoa humana. E conclui: se Jesus Cristo não ressuscitou vã é a nossa fé e a nossa esperança. “Mas na realidade, Cristo ressuscitou dos mortos como primícias dos que morreram” (1Coríntios 15,20). Como primícias dos que morreram significa que depois d’Ele muitos outros ressuscitarão, no fim dos tempos.
O Evangelho de Lucas coloca como desgraçados todos os que têm motivos para rir, os ricos, os que tem fartura, os que riem, e os que são elogiados, e chama bem-aventurados os sofredores, os pobres, os famintos, os que choram, os odiados e os perseguidos. Por que esta contradição? Porque as pessoas que podem contar com as criaturas geralmente se deleitam nelas e esquecem de Deus. Os pobres, os famintos, os que choram, os odiados e os perseguidos não podem contar com ninguém, só com Deus e aí caem na Verdade. Toda a Verdade das Sagradas Escrituras querem nos transmitir apenas isto: a pessoa humana é profundamente dependente de Deus. Após o pecado original quis se apoiar nas criaturas, mas nem por isto deixa de depender totalmente de Deus, que deu esta vida mortal e é o único que pode dar vida imortal. Por esta razão, Jesus Cristo mostrou muito poder durante sua missão curando cegos, mudos, surdos, aleijados, acalmando até o mar e os ventos, multiplicando os pães, transformando água em vinho, expulsando demônios etc. Mas nos salvou quando nada disso fez, e ficou sem ação na Santa Cruz, somente esperando a ação vivificadora do Pai, que ao terceiro dia de sua morte deu-lhe a ressurreição e a glorificação. Por esta razão, o Evangelho tem relações com a Primeira Leitura, o Salmo e a Segunda Leitura também.
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