23.º Domingo do Tempo Comum – Ano B – 2009
Isaias 35,4-7a – Salmo 145 – Tiago 2,1-5 – Marcos 7,31-37
Mais uma vez a oração antes das leituras – oração coleta – nos dá uma orientação para as leituras ao pedir para os que crêem em Jesus Cristo “a verdadeira liberdade e a herança eterna”. Procuraremos nas leituras esse vínculo.
A Leitura do Livro de Isaias é uma palavra de ânimo para os israelitas evitarem o medo e terem esperança. Os milagres de Jesus realizam estas profecias. “A terra árida se transformará em lago, e a região sedenta, em fontes de água” é uma promessa do Espírito Santo, da água viva que sacia toda sede. “Respondeu-lhe Jesus: Se conhecesses o dom de Deus, e quem é que te diz: Dá-me de beber, certamente lhe pedirias tu mesma e ele te daria uma água viva. A mulher lhe replicou: Senhor, não tens com que tirá-la, e o poço é fundo... donde tens, pois, essa água viva? És, porventura, maior do que o nosso pai Jacó, que nos deu este poço, do qual ele mesmo bebeu e também os seus filhos e os seus rebanhos? Respondeu-lhe Jesus: Todo aquele que beber desta água tornará a ter sede, mas o que beber da água que eu lhe der jamais terá sede. Mas a água que eu lhe der virá a ser nele fonte de água, que jorrará até a vida eterna. A mulher suplicou: Senhor, dá-me desta água, para eu já não ter sede nem vir aqui tirá-la!” (Jo 4,10-15). O Espírito Santo é também dom de Jesus Cristo, de sua Paixão. “No último dia, que é o principal dia de festa, estava Jesus de pé e clamava: Se alguém tiver sede, venha a mim e beba. Quem crê em mim, como diz a Escritura: Do seu interior manarão rios de água viva (Zc 14,8; Is 58,11). Dizia isso, referindo-se ao Espírito que haviam de receber os que cressem nele, pois ainda não fora dado o Espírito, visto que Jesus ainda não tinha sido glorificado (sofrido a Paixão e ressuscitado)” (Jo 7,37-39).
No Evangelho, Jesus Cristo cura um surdo que falava com muita dificuldade. Jesus o cura com o “Efatá”. Na linha de esperança colocada pela Leitura do Profeta Isaias, a cura do surdo é um sinal do dom do Espírito Santo. É a capacidade de ouvir a Palavra de Deus e entendê-la e a capacidade de falar, de transmitir a Palavra de Deus. Isso tudo significa o dom da Sabedoria, maior dom do Espírito Santo, que sacia todo desejo humano. O dom da Sabedoria transmite à pessoa humana a Sabedoria de Deus e livra de todos os medos, dando total liberdade, porque livra também do medo da morte que nos escraviza: “Porquanto os filhos participam da mesma natureza, da mesma carne e do sangue, também ele participou, a fim de destruir pela morte aquele que tinha o império da morte, isto é, o demônio, e libertar aqueles que, pelo medo da morte, estavam toda a vida sujeitos a uma verdadeira escravidão” (Hb 2,14-15). Assim, libertando da escravidão confere a plena liberdade, pela certeza da vida eterna, a “herança eterna” da oração coleta.
A Leitura da Carta de São Tiago comenta essa liberdade que leva a uma caridade que não faz diferença entre as pessoas, bonitas ou feias, ricas ou pobres. Segundo a Sabedoria de Deus a pessoa é sempre mais importante que seus acidentes. As características particulares não devem fazer-nos julgar as pessoas e diferenciar os direitos delas. Jesus Cristo aproximou-se dos pecadores e comia com eles, o que lhe causou muitas críticas das “pessoas importantes” de sua sociedade israelita. “Os escribas, do partido dos fariseus,. vendo-o comer com as pessoas de má vida e publicamos, diziam aos seus discípulos: Ele come com os publicamos e com gente de má vida? Ouvindo-os, Jesus replicou: Os sãos não precisam de médico, mas os enfermos; não vim chamar os justos, mas os pecadores” (Mc 2,16-17). Aprendamos de Jesus a não julgar, mas amar a todos sem fazer acepção de pessoas.
Isaias 35,4-7a – Salmo 145 – Tiago 2,1-5 – Marcos 7,31-37
Mais uma vez a oração antes das leituras – oração coleta – nos dá uma orientação para as leituras ao pedir para os que crêem em Jesus Cristo “a verdadeira liberdade e a herança eterna”. Procuraremos nas leituras esse vínculo.
A Leitura do Livro de Isaias é uma palavra de ânimo para os israelitas evitarem o medo e terem esperança. Os milagres de Jesus realizam estas profecias. “A terra árida se transformará em lago, e a região sedenta, em fontes de água” é uma promessa do Espírito Santo, da água viva que sacia toda sede. “Respondeu-lhe Jesus: Se conhecesses o dom de Deus, e quem é que te diz: Dá-me de beber, certamente lhe pedirias tu mesma e ele te daria uma água viva. A mulher lhe replicou: Senhor, não tens com que tirá-la, e o poço é fundo... donde tens, pois, essa água viva? És, porventura, maior do que o nosso pai Jacó, que nos deu este poço, do qual ele mesmo bebeu e também os seus filhos e os seus rebanhos? Respondeu-lhe Jesus: Todo aquele que beber desta água tornará a ter sede, mas o que beber da água que eu lhe der jamais terá sede. Mas a água que eu lhe der virá a ser nele fonte de água, que jorrará até a vida eterna. A mulher suplicou: Senhor, dá-me desta água, para eu já não ter sede nem vir aqui tirá-la!” (Jo 4,10-15). O Espírito Santo é também dom de Jesus Cristo, de sua Paixão. “No último dia, que é o principal dia de festa, estava Jesus de pé e clamava: Se alguém tiver sede, venha a mim e beba. Quem crê em mim, como diz a Escritura: Do seu interior manarão rios de água viva (Zc 14,8; Is 58,11). Dizia isso, referindo-se ao Espírito que haviam de receber os que cressem nele, pois ainda não fora dado o Espírito, visto que Jesus ainda não tinha sido glorificado (sofrido a Paixão e ressuscitado)” (Jo 7,37-39).
No Evangelho, Jesus Cristo cura um surdo que falava com muita dificuldade. Jesus o cura com o “Efatá”. Na linha de esperança colocada pela Leitura do Profeta Isaias, a cura do surdo é um sinal do dom do Espírito Santo. É a capacidade de ouvir a Palavra de Deus e entendê-la e a capacidade de falar, de transmitir a Palavra de Deus. Isso tudo significa o dom da Sabedoria, maior dom do Espírito Santo, que sacia todo desejo humano. O dom da Sabedoria transmite à pessoa humana a Sabedoria de Deus e livra de todos os medos, dando total liberdade, porque livra também do medo da morte que nos escraviza: “Porquanto os filhos participam da mesma natureza, da mesma carne e do sangue, também ele participou, a fim de destruir pela morte aquele que tinha o império da morte, isto é, o demônio, e libertar aqueles que, pelo medo da morte, estavam toda a vida sujeitos a uma verdadeira escravidão” (Hb 2,14-15). Assim, libertando da escravidão confere a plena liberdade, pela certeza da vida eterna, a “herança eterna” da oração coleta.
A Leitura da Carta de São Tiago comenta essa liberdade que leva a uma caridade que não faz diferença entre as pessoas, bonitas ou feias, ricas ou pobres. Segundo a Sabedoria de Deus a pessoa é sempre mais importante que seus acidentes. As características particulares não devem fazer-nos julgar as pessoas e diferenciar os direitos delas. Jesus Cristo aproximou-se dos pecadores e comia com eles, o que lhe causou muitas críticas das “pessoas importantes” de sua sociedade israelita. “Os escribas, do partido dos fariseus,. vendo-o comer com as pessoas de má vida e publicamos, diziam aos seus discípulos: Ele come com os publicamos e com gente de má vida? Ouvindo-os, Jesus replicou: Os sãos não precisam de médico, mas os enfermos; não vim chamar os justos, mas os pecadores” (Mc 2,16-17). Aprendamos de Jesus a não julgar, mas amar a todos sem fazer acepção de pessoas.