22.º Domingo do Tempo Comum – Ano B – 2009
Deuteronômio 4,1-2,6-8 – Salmo 14 – Tiago 1,17-18.21b-22.27 – Marcos 7,1-8.14-15.21-23
Também hoje a Oração antes das Leituras, chamada Oração Coleta, ilumina o entendimento das leituras. Diz: “Deus do Universo, fonte de todo o bem, derramai em nossos corações o vosso amor e estreitai os laços que nos unem convosco para alimentar em nós o que é bom e guardar com solicitude o que nos destes”. Na Nova Aliança com Deus, estabelecida no Corpo e no Sangue de Jesus Cristo, Deus se revela a fonte de todo o bem – “Sem Mim nada podeis fazer” (Jo 15,5c) – e a Lei não é mais o centro da relação entre as pessoas humanas e Deus, mas a ação criadora e misericordiosa de Deus é que é este centro. Por esta razão a oração pede para estreitar os laços que unem a criatura com o Criador e que Ele guarde todos os dons concedidos às criaturas para que nada se perca.
A Leitura do Deuteronômio preza o dom da Lei como participação na Sabedoria de Deus. Na verdade a Lei de Deus é sabedoria divina, e Jesus disse que nem um til ou vírgula seriam retirados da Lei (cf. Mt 5,18). Mas na Nova Aliança ela não é o centro da relação entre a pessoa e Deus, mas este centro é a ação criadora de Deus, que continua criando a pessoa humana até ela atingir a perfeição da comunhão divina com a Santíssima Trindade. Disse Jesus: “O meu Pai trabalha sempre e Eu também trabalho” (Jo 5,17). Deus continua a criar a pessoa até ela atingir a sua perfeição. Este é o sentido da Leitura da Carta de São Tiago. Jesus é a Palavra criadora de Deus que se fez homem igual a nós.
Os judeus porém, acrescentaram à Lei de Deus uma série enorme de costumes que eram como um fardo pesado para quem quisesse cumprir a Lei. “Atam fardos pesados e esmagadores e com eles sobrecarregam os ombros dos homens, mas não querem movê-los sequer com o dedo” (Mt 23,4). Por isso Jesus diz que “as doutrinas que (os fariseus) ensinam são preceitos humanos” (Mc 7,7). E os acusa de abandonar o mandamento de Deus para seguir preceitos humanos (Mc 7,8). A partir daí Jesus faz uma inversão. Não são as ações exteriores das pessoas que tornam impura a pessoa humana, mas o que vem do seu interior, do seu coração. Pois é do coração que saem as boas e as más intenções das pessoas.
Isto traz uma liberdade enorme para a pessoa humana. Por exemplo, as seitas, interessadas em angariar dinheiro e não em servir a Deus, resgatam do dízimo como era praticado no Antigo Testamento, com a diferença de que o Templo passa a ser qualquer barracão que os falsos pastores dizem ser uma igreja. Isto é uma prática e preceito humano e abusam de Ml 3,10 afirmando que Deus dará prosperidade a quem der o dízimo. Acaba como se Deus devesse às pessoas o sucesso material: isso é o que significa o “Deus é Fiel” que aparece frequentemente associado às pessoas que freqüentam essas seitas; quer dizer “Deus me dará o que me prometeu”. Só que Deus não prometeu nada. O falso pastor que para angariar dinheiro e enganar prometeu que Deus daria prosperidade a essas pessoas.
Outro aspecto da liberdade que a inversão que Jesus faz diz respeito às imagens. Se não é o exterior, mas o interior que decide, a Igreja cristã pode fazer imagens desde que não sejam ídolos nem objetos de superstição. As imagens não tem nenhum poder em si mesmas. São apenas símbolos que nos recordam a presença e a intercessão dos santos de Deus, nossos irmãos. A idolatria está no coração, quando a pessoa ama mais alguma coisa do que a Deus. Por exemplo, quando alguém cria uma “igreja” para ganhar dinheiro está usando o nome de Deus por amor ao dinheiro e este está servindo de ídolo para a pessoa. “Nenhum servo pode servir a dois senhores: ou há de odiar a um e amar o outro, ou há de aderir a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e ao dinheiro” (Lc 16,13). A idolatria está no coração. Não se pode ver de fora. Uma pessoa rezando diante de uma imagem, para um protestante é um idólatra. Pode ser uma pessoa mais piedosa do que o protestante que a acusa. “Por que olhas a palha que está no olho do teu irmão e não vês a trave que está no teu?” (Mt 7,3). A idolatria está no coração e não se pode ver de fora. Por esta razão, a Igreja, conduzida pelo Espírito Santo não viu mal nas imagens, mas fez delas um catecismo para os que não sabem ler. Antigamente só uma parcela muito pequena da população sabia ler. As imagens ensinaram a muita gente a fé cristã. Ainda é atual o que São Paulo escreveu na Carta aos Gálatas: “Mas, por causa dos falsos irmãos, intrusos – que furtivamente se introduziram entre nós para espionar a liberdade de que gozávamos em Cristo Jesus, a fim de nos escravizar” (Gl 2,4). Esses falsos irmãos são hoje os protestantes, que fazem o papel dos judaizantes do tempo de São Paulo, que queriam de novo retirar a liberdade que os cristãos gozavam e que lhes foi dada por Jesus Cristo. “É para que sejamos homens livres que Cristo nos libertou. Ficai, portanto, firmes e não vos submetais outra vez ao jugo da escravidão” (Gálatas 5,1).
Deuteronômio 4,1-2,6-8 – Salmo 14 – Tiago 1,17-18.21b-22.27 – Marcos 7,1-8.14-15.21-23
Também hoje a Oração antes das Leituras, chamada Oração Coleta, ilumina o entendimento das leituras. Diz: “Deus do Universo, fonte de todo o bem, derramai em nossos corações o vosso amor e estreitai os laços que nos unem convosco para alimentar em nós o que é bom e guardar com solicitude o que nos destes”. Na Nova Aliança com Deus, estabelecida no Corpo e no Sangue de Jesus Cristo, Deus se revela a fonte de todo o bem – “Sem Mim nada podeis fazer” (Jo 15,5c) – e a Lei não é mais o centro da relação entre as pessoas humanas e Deus, mas a ação criadora e misericordiosa de Deus é que é este centro. Por esta razão a oração pede para estreitar os laços que unem a criatura com o Criador e que Ele guarde todos os dons concedidos às criaturas para que nada se perca.
A Leitura do Deuteronômio preza o dom da Lei como participação na Sabedoria de Deus. Na verdade a Lei de Deus é sabedoria divina, e Jesus disse que nem um til ou vírgula seriam retirados da Lei (cf. Mt 5,18). Mas na Nova Aliança ela não é o centro da relação entre a pessoa e Deus, mas este centro é a ação criadora de Deus, que continua criando a pessoa humana até ela atingir a perfeição da comunhão divina com a Santíssima Trindade. Disse Jesus: “O meu Pai trabalha sempre e Eu também trabalho” (Jo 5,17). Deus continua a criar a pessoa até ela atingir a sua perfeição. Este é o sentido da Leitura da Carta de São Tiago. Jesus é a Palavra criadora de Deus que se fez homem igual a nós.
Os judeus porém, acrescentaram à Lei de Deus uma série enorme de costumes que eram como um fardo pesado para quem quisesse cumprir a Lei. “Atam fardos pesados e esmagadores e com eles sobrecarregam os ombros dos homens, mas não querem movê-los sequer com o dedo” (Mt 23,4). Por isso Jesus diz que “as doutrinas que (os fariseus) ensinam são preceitos humanos” (Mc 7,7). E os acusa de abandonar o mandamento de Deus para seguir preceitos humanos (Mc 7,8). A partir daí Jesus faz uma inversão. Não são as ações exteriores das pessoas que tornam impura a pessoa humana, mas o que vem do seu interior, do seu coração. Pois é do coração que saem as boas e as más intenções das pessoas.
Isto traz uma liberdade enorme para a pessoa humana. Por exemplo, as seitas, interessadas em angariar dinheiro e não em servir a Deus, resgatam do dízimo como era praticado no Antigo Testamento, com a diferença de que o Templo passa a ser qualquer barracão que os falsos pastores dizem ser uma igreja. Isto é uma prática e preceito humano e abusam de Ml 3,10 afirmando que Deus dará prosperidade a quem der o dízimo. Acaba como se Deus devesse às pessoas o sucesso material: isso é o que significa o “Deus é Fiel” que aparece frequentemente associado às pessoas que freqüentam essas seitas; quer dizer “Deus me dará o que me prometeu”. Só que Deus não prometeu nada. O falso pastor que para angariar dinheiro e enganar prometeu que Deus daria prosperidade a essas pessoas.
Outro aspecto da liberdade que a inversão que Jesus faz diz respeito às imagens. Se não é o exterior, mas o interior que decide, a Igreja cristã pode fazer imagens desde que não sejam ídolos nem objetos de superstição. As imagens não tem nenhum poder em si mesmas. São apenas símbolos que nos recordam a presença e a intercessão dos santos de Deus, nossos irmãos. A idolatria está no coração, quando a pessoa ama mais alguma coisa do que a Deus. Por exemplo, quando alguém cria uma “igreja” para ganhar dinheiro está usando o nome de Deus por amor ao dinheiro e este está servindo de ídolo para a pessoa. “Nenhum servo pode servir a dois senhores: ou há de odiar a um e amar o outro, ou há de aderir a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e ao dinheiro” (Lc 16,13). A idolatria está no coração. Não se pode ver de fora. Uma pessoa rezando diante de uma imagem, para um protestante é um idólatra. Pode ser uma pessoa mais piedosa do que o protestante que a acusa. “Por que olhas a palha que está no olho do teu irmão e não vês a trave que está no teu?” (Mt 7,3). A idolatria está no coração e não se pode ver de fora. Por esta razão, a Igreja, conduzida pelo Espírito Santo não viu mal nas imagens, mas fez delas um catecismo para os que não sabem ler. Antigamente só uma parcela muito pequena da população sabia ler. As imagens ensinaram a muita gente a fé cristã. Ainda é atual o que São Paulo escreveu na Carta aos Gálatas: “Mas, por causa dos falsos irmãos, intrusos – que furtivamente se introduziram entre nós para espionar a liberdade de que gozávamos em Cristo Jesus, a fim de nos escravizar” (Gl 2,4). Esses falsos irmãos são hoje os protestantes, que fazem o papel dos judaizantes do tempo de São Paulo, que queriam de novo retirar a liberdade que os cristãos gozavam e que lhes foi dada por Jesus Cristo. “É para que sejamos homens livres que Cristo nos libertou. Ficai, portanto, firmes e não vos submetais outra vez ao jugo da escravidão” (Gálatas 5,1).
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