sexta-feira, 16 de outubro de 2009

29.º Domingo Comum

29.º Domingo do Tempo Comum – Ano B – 2009

Isaias 53,10-11 – Salmo 32 – Hebreus 4,14-16 – Marcos 10,35-45

Neste Dia Mundial das Missões, a Palavra de Deus atinge em cheio o coração do Evangelho. Não são os grandes dominadores que são recordados pelas gerações posteriores, mas sim, os que serviram com grande perseverança. Quem é maior aos olhos dos homens de hoje? César, Napoleão, Gengis Khan, ou Pasteur, Santos Dumont, Albert Schweitzer, Albert Sabin, Madre Teresa de Calcutá? Quem serviu vale mais do que quem dominou. O Evangelho denuncia que a sede de poder e de ser o maior é uma ilusão e não traz para a humanidade nenhum fruto.
Jesus Cristo sofreu por todos nós. Se repararmos bem não há nenhum bem que não venha com muito sofrimento, muito sacrifício. O poder muitas vezes destrói mais do que constrói. O serviço ao próximo constrói e salva. A Carta aos Hebreus fala do Sumo-Sacerdote que é Jesus Cristo. Foi Ele o que mais serviu à humanidade, pois não só curou doenças dos mortais, mas deu-nos uma vida eterna, a nós que, pelos nossos pecados não merecíamos.
No Evangelho de hoje, Tiago e João, levados pelo pecado, querem ser mais que os outros apóstolos. Quando os outros apóstolos souberam revoltaram-se também. No fundo todos queriam ser os maiores. E quando a gente quer os primeiros lugares, não suportamos os outros que também querem. Jesus, sabendo que os apóstolos tinham outra vocação diz-lhes: “Vós não sabeis o que pedis”. E entra na questão do batismo e do cálice que o Senhor vai beber. Ora esse batismo e esse cálice são a Paixão e a participação nos sofrimentos de Jesus Cristo, do qual eles vão participar. Tiago será o primeiro apóstolo a ser martirizado (cf. Atos 12,2). E Jesus chama os seus a serem realmente construtores, renunciando ao poder – no Reino de Deus é só Deus que tem o poder. Na Missa o povo católico exclama: “Vosso é o Reino, o Poder e a Glória!”. O poder não deve ser desejado pelos cristãos. O serviço, sim. Pois é o serviço que salva e constrói as vidas e não o poder, a não ser que esse poder esteja só nas mãos de Deus e dos que O temem. Jesus mesmo não veio para ser servido, mas para servir ao ponto de dar sua vida para o resgate de muitos. Os que O seguem também devem dar sua vida para a salvação de muitos. Seguir Jesus é renunciar a si mesmo e dar sua vida para que outros tenham vida (cf. Mateus 16,24; João 10,10).

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