sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Dia de Finados

Finados

Sabedoria 3,1-6.9 – Salmo 41 – Romanos 8,14-23 – João 11,21-27

O Dia de Finados está diretamente relacionado à Festa de Todos os Santos. Rezamos e oferecemos sacrifícios para que os nossos falecidos participem da assembléia dos Santos no Céu.

A leitura do Livro da Sabedoria afirma a fé. A morte aparece para os que vivem neste mundo como uma grande desgraça, mas nós sabemos, pela fé cristã, que após a morte começa a nossa verdadeira vida, à imagem e semelhança de Deus. Lembra ainda que “por um breve sofrimento receberão grandes bens. (...) os aceitou como holocausto” (Sabedoria 3,5.6). Isto nos lembra que é pelo caminho da Cruz que se alcança a vida eterna no Céu. Lembra ainda que “os que põem sua confiança no Senhor (...) são dignos de graça e misericórdia” (Sabedoria 3,9). Isto significa que é pela penitência que alcançamos a misericórdia divina. E penitência é arrependimento e propósito de luta contra o pecado.

O Salmo é um canto de plena confiança em Deus que não quer a morte do pecador mas que tenha vida eterna. É uma confissão de desejo de Deus, amado acima de todas as outras realidades. A vida eterna, de fato, é a posse de Deus, para aqueles que desejaram essa posse na terra.

A leitura da Carta aos Romanos lembra a filiação divina que recebemos por meio de Jesus Cristo e o desejo de unir-nos a Deus superando as fraquezas da carne, deste corpo mortal que serve de morada para a nossa alma. Ser-nos-á restaurado como um corpo imperecível a exemplo de Jesus Ressuscitado.

O Evangelho de João é uma parte da narração da ressurreição de Lázaro. Essa ressurreição foi uma mostra do poder de Jesus Cristo sobre a morte, mas Lázaro foi ressuscitado para a vida mortal e depois morreu novamente. Para Marta, a ressurreição que haveria no último dia se apresentava muito longínqua e incapaz de consola-la pela morte de seu irmão. Então Jesus Cristo lhe diz: “Eu sou a Ressurreição e a Vida; quem crê em Mim, ainda que esteja morto viverá. E todo aquele que vive e crê em Mim não morrerá jamais. Crês isto?” (João 11,26). Então Jesus Cristo traz a Ressurreição mais para perto de nós, pela sua proximidade de nós. A ponto de São Paulo dizer: “Meu ardente desejo e minha esperança são que em nada serei confundido, mas que, hoje como sempre, Cristo será glorificado no meu corpo (tenho toda a certeza disto), quer pela minha vida quer pela minha morte. Porque para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro” (Filipenses 1,20-21). Tenhamos, pois, toda confiança em Deus que nos dará a vida eterna, se formos fiéis ao Evangelho de Seu Filho.

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