DOMINGO DA ASCENSÃO – ANO B – 2009
At 1,1-11 – Salmo 46 – Ef 1,17-23 – Mc 16,15-20
“Tendo entrado no cenáculo, subiram ao quarto de cima, onde costumavam permanecer. Eram eles: Pedro e João, Tiago, André, Filipe, Tomé, Bartolomeu, Mateus, Tiago, filho de Alfeu, Simão, o Zelador, e Judas, irmão de Tiago. Todos eles perseveravam unanimemente na oração, juntamente com as mulheres, entre elas Maria, mãe de Jesus, e os irmãos dele” (At 1,13-14). Após o que narra a Leitura dos Atos dos Apóstolos, temos essas observações. Os Apóstolos, ajudados por Maria Santíssima que já havia recebido e transmitido o Espírito Santo (Lc 1,35.43-45) ficam no Cenáculo à espera do Dom do Alto. A Ascensão de Jesus é a divinização de nossa humanidade, que Ele assumiu, e é como diz na oração após a comunhão “fazei que os nossos corações se voltem para o Alto, onde está junto de Vós, a nossa humanidade”. Jesus Cristo sobe ao Pai e derrama sobre nós o Espírito Santo, para viver em nós. O derramamento do Espírito Santo tem como conseqüências o que está na Leitura da Carta aos Efésios: “O Deus de Nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai a quem pertence a glória, vos dê um espírito de Sabedoria que vo-lo revele e faça verdadeiramente conhecer” (Ef 1,17). Em primeiro lugar, o dom da Sabedoria, que revela quem é Deus. Em segundo lugar o anúncio dessa Sabedoria, a Missão, como está no Evangelho: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho a toda criatura” (Mc 16,15).
A união da nossa humanidade, assumida por Jesus Cristo, com a Divindade da Santíssima Trindade é obra do Espírito Santo. Essa obra, que se completa na Ascensão de Jesus Cristo, já começara desde a Encarnação, em que o Filho de Deus diz “sim” ao Seu Pai e aceita encarnar-Se. Na sua Ascensão já começou a nossa como está na Carta aos Hebreus:
“Mas aquele que fora colocado por pouco tempo abaixo dos anjos, Jesus, nós o vemos, por sua Paixão e morte, coroado de glória e de honra. Assim, pela graça de Deus, a sua morte aproveita a todos os homens. Aquele para quem e por quem todas as coisas existem, desejando conduzir à glória numerosos filhos, deliberou elevar à perfeição, pelo sofrimento, o autor da salvação deles, para que santificador e santificados formem um só todo. Por isso, (Jesus) não hesita em chamá-los seus irmãos, dizendo: Anunciarei teu nome a meus irmãos, no meio da assembléia cantarei os teus louvores (Sl 21,23). E outra vez: Quanto a mim, ponho nele a minha confiança (Is 8,17); e: Eis-me aqui, eu e os filhos que Deus me deu (Is 8,18)” (Hb 2,9-13).
Conosco também acontece o mesmo que com Jesus Cristo. A divinização de nossa humanidade já começou no nosso batismo e quando nos abrimos ao Espírito Santo e começamos a viver a nossa cruz de cada dia e as renúncias a que o amor de Deus acima de todas as criaturas nos impele. Já estamos no caminho da divinização de nossa humanidade quando participamos da Cruz Sagrada de Nosso Senhor Jesus Cristo.
terça-feira, 26 de maio de 2009
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